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Autonomia emocional para construir relacionamentos saudáveis

01 de out. de 2022

Por: Heloísa Capelas

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Viver bons relacionamentos, seja na vida pessoal ou profissional, é o desejo de todos nós e que, efetivamente, fazem uma enorme diferença para o caminho de crescimento e bem-estar. No entanto, para se ter relações que nos permitam construir diariamente novos e positivos alicerces, a autonomia emocional é uma das habilidades mais essenciais, pois é base para que possamos começar a romper com toxicidades, com desgastes das relações, da baixa autoestima e do desamor.   

O que define a autonomia emocional é a responsabilidade que tomamos por nossos pensamentos, sentimentos e comportamentos, e precisamos dessa consciência para entendermos o que nos pertence, o que é o nosso próprio “lixo emocional”, e o que faz parte do “lixo emocional” do outro. Quando isso não acontece, tendemos a ver apenas as questões que nos incomodam em relação à outra pessoa. 

Autonomia emocional é a capacidade de caminhar com as próprias pernas para dar conta das suas emoções, independentemente do que o outro diga, faça ou pense. É escolher o que você vai pensar e sentir sobre si mesmo e sobre o mundo à sua volta; escolher se o outro tem poder de magoar ou não você; escolher se vai ficar ou não ressentindo aquela mágoa. 

Não posso entregar ao outro o poder sobre minhas emoções, sobre como vou me sentir e me comportar. Por isso, assumir a responsabilidade e praticar a autoliderança é tão essencial. Quando estou à frente de mim mesma, ninguém pode tirar o meu prumo.  Quanto mais responsabilidade você tiver pela sua vida, mais escolhas poderá fazer. Isso é consciência, é escolha sustentável. 

Na dependência emocional autorizamos que o outro nos faça mal quantas vezes quiser

É como se ele fosse responsável pela maneira como nos sentimos. Além disso, é importante entendermos que dependemos dessas opiniões externas para estabelecer o nosso valor. Uma das coisas mais bacanas da autonomia emocional é que, om ela, a crítica do outro não impacta você de modo desproporcional. Você não se sente atacado, ofendido ou envergonhado quando alguém diz que você não fez um bom trabalho – afinal, o outro não tem esse poder sobre você. Isso lhe dá clareza de pensamento e abertura para avaliar a crítica que recebeu, usá-la para seu aprimoramento, e perceber o que é lixo emocional despejado em você. Com isso, as brigas podem terminar antes mesmo de começar, à medida que identificamos esses gatilhos que nos fazem reagir bem mal, em muitas ocasiões. 

Como se adquire a autonomia emocional? O autoconhecimento é primordial e um dos primeiros passos é a presença, ou seja, viver no presente, sem se preocupar excessivamente com o futuro, com o que o outro irá pensar ou como irá reagir em determinadas circunstâncias, assim como perdoar e se desprender do passado, daquilo que já foi. 

Ao observarmos nós mesmos, maior presença surge em nossas vidas. Treinando um pouco por dia, observando com sinceridade nossos sentimentos e comportamentos, vamos aos poucos, adquirindo cada vez mais autonomia emocional. Estando presentes não adiamos mais o ‘eu te amo’ e os reencontros. Neste processo, a respiração consciente é um dos modos mais efetivos para fincar os pés no aqui e agora. Pare por um instante, respire lenta e profundamente, preste verdadeiramente atenção em você. Podemos nos perceber e ter tempo necessário para tomar decisões efetivas e conscientes no lugar de respostas automáticas.

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